Nome botânico: Castanea sativa
Fruto: O fruto do castanheiro é o ouriço, que tem no seu interior uma semente - a castanha. A castanha, foi durante o séc. XVII um produto básico da alimentação dos beirões e transmontanos, chegando em muitas ocasiões a substituir o pão ou as batatas.
Algumas variedades: Nacionais, Bebim, Camarinha, Benfeita, Negral, Lamela, Verdeal, Demanda, Sousã, Amarelais, Martainha, Boaventura, Trigueira, Aveleira, Judia, Longal e Côta, as três últimas porventura as de maior qualidade alimentar e maior valor comercial.
Hibridos euro-japoneses (resistentes à tinta): Precoce Migoule, Bouche de Bétizac, Bournette, Marigoule e Maridonne.
Origem: A espécie que existe em Portugal é também a que predomina na Europa - a Castanea sativa. Há conhecimentos e sinais de existir no território português há já muitos séculos, pelo que é considerada como uma espécie indígena. Contudo, há quem pense que terá sido introduzida na península ibérica, provavelmente, durante a época dos romanos.
Propagação: Ambos os tipos de castanheiro ( bravo e manso) podem ser criados em viveiros e ambos nascem a partir, da castanha. Outra técnica utilizada na regeneração dos castanheiros é a da multiplicação vegetativa com estacaria de árvores previamente selecionadas.Hibridos euro-japoneses (resistentes à tinta): Precoce Migoule, Bouche de Bétizac, Bournette, Marigoule e Maridonne.
Clima e Solo: O castanheiro é uma árvore que se adapta facilmente a diversos tipos de clima e altitude ocorrendo desde altitudes baixas até ao cimo das montanhas, apesar de haver uma preferência por altitudes entre os 400 e 1000 metros (por vezes mais), climas sub-atlânticos, sem temperaturas abaixo dos 15º negativos e solos ligeiramente ácidos.
Floração: O castanheiro é uma árvore que tem em cada pé, simultaneamente, flores masculinas e flores femininas floresce de Maio a Junho. É das flores femininas, que surge o «ouriço», de que resultam as castanhas.
Colheita: de Outubro a Novembro.
Composição nutricional:
Usos: É consumida de várias formas, crua, cozida, assada, frita, em doces ou sopas (por vezes, na forma de farinha), e como guarnição de alguns pratos.
Receita: Bolo de Castanhas de Sernancelhe
Preparação: coza as castanhas, descasque-as e esmague-as, enquanto estiverem quentes. Ponha a massa obtida ao lume com o leite adoçado, de modo a obter uma polpa espessa. Deixe arrefecer, misture as claras batidas em castelo, alternando com a farinha, e aromatize com baunilha.
Deite a massa numa forma untada com o caramelo e leve ao forno, durante cerca de 1 hora. Deixe arrefecer o bolo até ficar morno e desenforme-o.
Deite a massa numa forma untada com o caramelo e leve ao forno, durante cerca de 1 hora. Deixe arrefecer o bolo até ficar morno e desenforme-o.
fonte:(http://www.avitrinedosabor.com.br/doces-portugueses/323-bolo-de-castanhas-de-sernancelhe.html)
Curiosidades: As tribos pré-romanas chamavam-lhe a «árvore do pão», já que o seu fruto a castanha era um alimento rico e um importante meio de subsistência para os exércitos em campanha. Pode-se mesmo afirmar que foi um dos mais importantes farináceos em muitas regiões, antes da chegada da batata e do milho à Europa. Era utilizada na alimentação dos homens e dos animais, era um complemento importante da agricultura e, em muitos casos, o pão dos mais desfavorecidos. Quando a produção do ano não era totalmente consumida, a que restava era transformada em castanha «pilada», seca ao fumo, em caniços (estrutura de ripas suspensas sobre a lareira), de forma a poder ser consumida mais tarde. Então era comida cozida (depois colocada - como o feijão), ou transformada em farinha, de que resultavam as falaches (bolo ou fritos de farinha - na zona do Douro - de castanhas piladas).
Dito popular: «um castanheiro leva 300 anos a crescer, 300 a viver e 300 a morrer».