quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

AGRICULTURA BIOLÓGICA (pequeno resumo)



Uso a terra, sem a preocupação da quantidade e do tamanho, mas sim da qualidade. É a relação com a natureza, com a energia, com o trabalho, muito trabalho. É uma pequeníssima contribuição para a salvação do solo, da nossa alimentação e do ambiente. É também a relação com as ervas daninhas e os insectos.

A minha relação com o solo não é de rapina, mas sim de permuta, não ando a saquear, mas sim a cuidar.

A diversificação das culturas, as rotações e o adubamento com estrumes tratados. A diversificação das culturas porque na natureza não existem grandes extensões duma mesma e única planta, isso seria uma razão para a esterilidade do solo, a invasão dos insectos, de doenças.

O elemento nutritivo mais importante para o desenvolvimento das plantas é o azoto (e depois os vários minerais), se houver carência deste elemento, a produtividade do solo descerá muito, pois é ele o responsável pelo crescimento vegetativo das plantas acima da superfície do solo. Na sua ausência, a cor das folhas amarelece e a planta fica pequena, ao passo que, se for aplicado nas doses devidas, a planta tornar-se-á adulta e será robusta e grande. Se aplicado em excesso o efeito será o contrário.

É precisamente aqui que o método biológico se mostra superior. A matéria orgânica, desde que não utilizada em quantidades excessivas, reabastece a planta de azoto duma forma progressiva.

As plantas azotantes por excelência são as leguminosas e a passagem do azoto da planta para o terreno obtém-se, ou através das raízes, durante a vida da planta, ou misturando toda a planta na terra com o arado, para que todas as suas partes cedam o respectivo azoto.
  
É essencial o adubamento em cada nova cultura, o qual se faz espalhando, pelo solo, estrume tratado em amontoamentos ou em compostores (ex. da imagem).

Em amontoamento ou em compostores é um processo essencial na agricultura biológica, pois é aí que o ciclo dos elementos nutritivos tem o seu centro de reciclagem.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

AVELEIRA


Nome vulgar: Aveleira, Avelaneira e Avelãzeira

Nome botânico: Corylus avellana

Fruto: A avelã, tem um alto valor proteico e reduz os níveis de colesterol. Ajuda ao funcionamento do intestino e protege de doenças cardiovasculares. Diminui a absorção de glicose em diabéticos.
 





Variedade apresentada: Pertence ao género Corylus máxima, e é designada por “tubolosa” ou “purpúrea”.

Outras: Fertile de Coutard (Barcelona), Ronde Piemont, Ennis, Segorbe, Merveille Bollwiller, Buttler, Daviana, Grada de Viseu, Grossal (Gironella), Longue d’Éspagne, Pautet, Negreta, Gunslebert e Purpura.
 
Origem: Planta originária da Ásia Menor, de onde se expandiu por quase toda a Europa do Sul.

Clima e Solo: Planta bastante resistente ao frio, no entanto, devido a que a floração ocorre no inverno, devem evitar-se regiões com temperaturas inferiores a -10ºC.

Floração: De Dezembro a Janeiro, as flores, minúsculas e quase imperceptíveis, constam unicamente dos elementos reprodutores e se agrupam para formar os chamados amentilhos, semelhantes a réstias pendentes, os masculinos (esquerda), e eretas, os femininos (direita). 

Colheita: Setembro / Outubro

Propagação: Pode fazer-se através de sementes, alporque (vara ou ramo de planta que se mergulha na terra para criar raízes) e ainda por rebentos (filhos) que saem do chão junto ao pé da árvore.


Composição nutricional: Cada 100g de avelãs contém: 7.0g de água, 17.4g de proteínas, 62.6g de gordura, 7.2g de hidratos de carbono, 1.3g de minerais, 3.17g de celulose, 0.460mg de vitamina B1, 0.265mg de caroteno, 6.0mg de vitamina C e 682kcal.

Receita (vegetariana): Bolo de chocolate e avelãs

Ingredientes: 1 chávena de farinha de trigo integral, 1 chávena de avelãs picadas, 1 chávena de cacau, 5 colheres de sopa de açúcar mascavado, 3 colheres de sopa de óleo de girassol, 1 chávena de água morna, 1 barra de chocolate amargo.





Curiosidades: Na China, este fruto é cultivado há mais de 5 mil anos. Outrora acreditava-se que uma haste de aveleira em forquilha tinha poderes sobrenaturais. Os romanos descrevem as qualidades mágicas dos ramos desta planta para procurarem água no solo e detectar a presença de minerais preciosos.



quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

COMPOSTAGEM



Com a compostagem produzimos fertilizantes biológicos, através da decomposição de materiais orgânicos.
Podemos chamar húmus ao produto que se obtém no fim do processo. No húmus, a matéria original perdeu todas as suas características físicas e no final será parecido com um fino terriço. A sua degradação continuará quando juntarmos o fertilizante ao solo.
O húmus forma-se abundantemente na natureza, através de processo natural, nos bosques, nos lugares muito húmidos, muito frequentado por animais, etc..
O composto, a matéria fertilizante pronta a ser usada, é o tradicional estrume.
O composto, também, pode ser elaborado com os chamados restos da casa: frutas, tubérculos, hortícolas, leguminosas, cascas de ovo (bem trituradas), borras de café, sacos de chá, cinzas, etc..

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

AMENDOEIRA

  
Nome vulgar: Amendoeira
Nome botânico: Prunus dulcis
Fruto: A amêndoa é utilizada, normalmente, para fins culinários e terapêuticos. O óleo de amêndoa é também utilizado na cosmética.
Variedade apresentada: Ferraduel.
Outras: Ferragnés, Non Pareil, Davey, Selahriz e Lauranne.

Origem: A amendoeira, originária da Ásia Menor e Nordeste de África, cultivou-se desde a Antiguidade em volta do mar Mediterrâneo, habitando em lugares rochosos, bordos de estradas, limites de campos cultivados e terrenos de cultivo.

Clima e Solo: Relativamente ao clima, esta espécie resiste às fortes geadas de Inverno, às altas temperaturas de Verão e às secas prolongadas. Prefere os locais arejados, não devendo ser plantada em vales, mas em encostas abrigadas dos ventos frios. É sensível às geadas tardias da Primavera.
Floração: A floração, que ocorre normalmente entre Fevereiro e Abril, é anterior ao aparecimento da folhagem, originando uma paisagem muito típica e procurada pela sua beleza.
Colheita: As amêndoas são colhidas durante o mês de Setembro.
Propagação: Pode fazer-se através de sementes, alporque (vara ou ramo de planta que se mergulha na terra para criar raízes) ou por enxertia, sobre um porta-enxertos, a mais vulgar e com melhores resultados.
Composição nutricional: Cada 100g de amêndoas contém: 619kcal de energia, 4,9g de água, 21,6g de proteína, 56g de lípidos dos quais 34,5g monoinsaturados, 7,2g de hidratos de carbono, 12g de fibra, 855mg de potássio, 405mg de fósforo, 3,1mg de zinco, 259g de magnésio, 0,21mg de vitamina B1, 24mg de vitamina E.
(fonte:www.nestle.pt/BemEstar/Presentation/Nutricao/Alimentos.aspx?id=242)


Receita: Bolo de amêndoa
Ingredientes: 225 g de farinha de trigo, 100 g de açúcar amarelo, 2 colheres de sobremesa de açúcar baunilhado, 125 g de margarina vegana, 1/4 l de leite de soja, 75 g de amêndoa ralada, 1 colher de chá de fermento em pó.
Preparação: Misturar o açúcar, a margarina amolecida e o açúcar baunilhado. Juntar a farinha, o leite, a amêndoa e o fermento. Misturar bem e deita numa forma untada. Levar ao forno cerca de 40 minutos a 180º C. Esperar que arrefeça antes de desenformar e enfeita com amêndoa ralada.
fonte: (http://www.docesecompanhia.com/vegetarianas/sobremesas/bolos_tartes/bolo_amendoa.htm)

Curiosidades: Depois de um certo Inverno muito rigoroso, esgotadas todas as reservas de alimentos, andava um pobre Diabo, faminto, pelos campos, à procura de comida. Mas ainda não havia nada para comer, porque as árvores nem sequer tinham começado a florir, quanto mais dar fruto.
Até que o Diabo, finalmente, avistou uma árvore cheia de flores brancas e rosadinhas.- Ah! – Exclamou ele – ali está a minha salvação. Se é a primeira a dar flor, é também a primeira a dar fruto! Vou-me sentar ao toro e esperar pelo que há-de vir.
E se bem o pensou, melhor o fez, deitando-se a dormir, à espera que lhe caísse o fruto madurinho em cima. Estávamos em finais de Fevereiro, inícios de Março.
Passou um mês e... nada! Outro mês e... nada! Outro mês e... nada! Já as cerejeiras, as pereiras, as ameixieiras, as macieiras e todas as outras árvores tinham dado flores e tinham dado os seus frutos e o raio da amendoeira... nada!
Mas o Diabo era teimoso e continuou à espera. Só quando viu que o Verão estava a acabar e que ia passar outro Inverno cheio de fome, é que resolveu desistir e foi encher-se de figos a uma figueira.
Quando o viu partir, já em Setembro, é que a Amendoeira fez amadurecer o seu fruto, a Amêndoa. E ainda por cima fez com que a sua casca fosse bem dura, não fosse o Diabo voltar atrás e nela tentasse ferrar o dente.
É por isso que a amendoeira é a primeira a dar flor e a última a dar fruto. E é também por isso que dizem que a “Figueira é a árvore do Diabo”, porque lhe deu de comer, enquanto a Amendoeira é “a árvore que enganou o Diabo”.
(fonte: http//torre-moncorvo.blogspot.com/)