quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

AGRICULTURA BIOLÓGICA (pequeno resumo)



Uso a terra, sem a preocupação da quantidade e do tamanho, mas sim da qualidade. É a relação com a natureza, com a energia, com o trabalho, muito trabalho. É uma pequeníssima contribuição para a salvação do solo, da nossa alimentação e do ambiente. É também a relação com as ervas daninhas e os insectos.

A minha relação com o solo não é de rapina, mas sim de permuta, não ando a saquear, mas sim a cuidar.

A diversificação das culturas, as rotações e o adubamento com estrumes tratados. A diversificação das culturas porque na natureza não existem grandes extensões duma mesma e única planta, isso seria uma razão para a esterilidade do solo, a invasão dos insectos, de doenças.

O elemento nutritivo mais importante para o desenvolvimento das plantas é o azoto (e depois os vários minerais), se houver carência deste elemento, a produtividade do solo descerá muito, pois é ele o responsável pelo crescimento vegetativo das plantas acima da superfície do solo. Na sua ausência, a cor das folhas amarelece e a planta fica pequena, ao passo que, se for aplicado nas doses devidas, a planta tornar-se-á adulta e será robusta e grande. Se aplicado em excesso o efeito será o contrário.

É precisamente aqui que o método biológico se mostra superior. A matéria orgânica, desde que não utilizada em quantidades excessivas, reabastece a planta de azoto duma forma progressiva.

As plantas azotantes por excelência são as leguminosas e a passagem do azoto da planta para o terreno obtém-se, ou através das raízes, durante a vida da planta, ou misturando toda a planta na terra com o arado, para que todas as suas partes cedam o respectivo azoto.
  
É essencial o adubamento em cada nova cultura, o qual se faz espalhando, pelo solo, estrume tratado em amontoamentos ou em compostores (ex. da imagem).

Em amontoamento ou em compostores é um processo essencial na agricultura biológica, pois é aí que o ciclo dos elementos nutritivos tem o seu centro de reciclagem.